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terça-feira, 6 de março de 2007

Poema XXXVII - O lago

Hoje eu me perdoo.
Da raiva que em mim guardo
Neste grande lago
E fundo
Tão largo como o mundo,
Imundo,
Sem fundo,
Feito de maldade,
Sem margem...
À margem da sociedade.
De betão não é a barragem...
É de falsidade
O cimento, cinzento
Ciumento,
É verdade.
Por lá não passa água
Só mágoa,
Saudade,
Tristeza,
Sem pureza
De se notar.
É difícil de aguentar
Sem que tenha de explodir
Sem que tenha de chorar
Gritar, enlouquecer...
Mas não sei o que mais faz doer.
Não sei o que realmente me vai ferir.
Vou guardá-lo,
Vou aguentar
E de novo me vou perdoar,
Para que não venha a magoá-lo.


Bruno Torrão
99/12/06

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