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Este blog nunca se irá encontrar escrito ao abrigo do (des)Acordo Ortográfico de 1990!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Poema LXXVIII - Busca falhada

A noite passa lenta...
Vagarosa, que nem tímida.
O sono chega e intimida,
A musa que chega e não entra...

Corro num ápice para a porta!
Assustou-se a minha querida
E adorada... A noite é fodida!

Volto de novo para o meu quarto,
Triste, em prantos mil...
Sinto-me encurralado neste covil,
Sozinho, olhando o seu retrato.

Decido partir a parede, mesmo sem força...
Abro com esforço um buraco, uma janela,
Para poder ver a minha musa bela!

Mas reparo... Os meus olhos fecham...
Ao de leve, provocado pelo dia.
Agora, que o Sol irradia...

Bruno Torrão
01/12/12



Este foi o último poema do meu Segundo Livro (aqui, no blog, denominados por Oráculo) Letrodependência.
Parecia-me, assim atingir uma busca falhada...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Poema LXXVII - O dia do Exame II

Demora

Ainda falta um quarto d’hora
Para sair porta fora!
Para quê tanta demora
Se não faço cá mais nada?
Senão ver gente sentada
A fingir que pensa em nada...

Bem que aquela tá irritada
Por causa da tal mestrada
Não lhe ter dado a nota adequada.

“Vais ver se consegues agora?!
Só se ficares mais meia hora
Após o fim da prova...”

Pobre coitada sonhadora...
Vale-te mais pegar na demolidora
E destruir a parva da tua “stôra”,
Por não te ter dado prometedora
De que para o ano serias doutora...
... Continua a sonhar, e serás varredora!

Bruno Torrão
01/09/06



E eis que, em menos de 15 minutos após terminar a primeira composição, e já farto de fazer nada, surge, assim, a noção da demora, e dela, este poema!

Poema LXXVI - O dia do Exame I

‘Tá o exame terminado
... interminado ...
O enunciado
Já posto de lado
Dá-me a sensação de encurralado...
Entre o vazio e o nada
... quase nada ...
será essa a nota dada
por uma possível mestrada
hoje em dia frustrada
por leccionar numa secundaria.
Queria ela ser universitária
... ou secretária ...
de uma empresa dubitária.
Mas pobre velha coitada,
Corrige-me o exame e fica calada.

Bruno Torrão
01/09/06



Ensino secundário. Chega a época de exames. História.
O facto de ter chumbado no 10º e 11º a esta disciplina, fez com que no exame nacional tivesse de ter tirado 11 valores, no mínimo. Graças a tal, e por nunca ter estudado vez alguma na vida, este exame criou-me as perfeitas expectativas de sucesso, mas, no entanto, viradas ao contrário.
Deste modo, aquando do dia do exame, em vez de ter gasto os 120 minutos a responder às questões, limitei-me a fazê-lo em cerca de metade, tomando o resto a elaborar este e outro poema!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Poema LXXV - Estrela Guia

E o caminho que agora faço
Se desfaz por cada passo
Que dou a mais, neste deserto,
Por lágrimas e mágoas coberto,

Sob um céu cinzento entristecido.
Sou um mago da noite desconhecido,
Que vagueia pelas brumas reluzentes,
E que pinto numa tela cores quentes,

Ao qual dou o nome de Estrela Guia!
E algo então me transpõe alegria
Para a minha alma de noite preenchida.
E a cada pincelada de tinta escorrida

Que no futuro acalmará meu desespero,
E aquilo que hoje tanto venero,
Se seguir a minha Estrela tão querida,
Fará de real o que de irreal preenche a minha vida!

Bruno Torrão
01/07/13



Este poema surgiu de um quadro que pintei, ao qual havia chamado "Estrela Guia", aquando dumas actividade de valorização pessoal e inter-pessoal.
Talvez assim se sirva de explicação...

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Poema LXXIV - Expiração

Que seja esta mais uma noite
Em que as letras não se conjuguem
Pela falta de inspiração...

E por cada letra solta,
Que à solta andem pela rua
Escrevam em minha mente
O que fica marcado no chão...

Porque os ares que agora condenam
A prender os que não sabem voar
Mantenham-nos presos em terra
Mas livres de voar pela imaginação...

E que pela jornada que então fizeram,
Ao final chegarão felizes
Por ser uma noite de expiração...

Bruno Torrão
01/05/28

sábado, 9 de agosto de 2008

Poema LXXIII - Um grito

Hoje apeteceu-me gritar...
Por saber que não o posso fazer,
Peguei numa caneta, esbelta
E num caderno, onde irei escrever
Aquilo que não gritei...

E agora grito, por dentro de mim
Como se estivesse a rebentar...
Um pequeno aperto cresce...
Sim, é o grito que se está a soltar
Pelas cordas de uma guitarra ao longe...

Cujos acordes me dão serenidade,
E calma, e mais...
Mais algo que não sei dizer,
Apenas sentir e... e mais...
É muito mais que um só grito!

Bruno Torrão
01/04/11

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Poema LXXII - Noites Acesas

É de noite que mais me aperta
A dor que de dia atravessa
O meu corpo, a minha alma,
E que de noite me desperta
O que de dia me acalma,
E que de noite me processa
E me coloca no banco dos réus
E me afasta dos céus
Em direcção aos infernos.

Bruno Torrão
01/03/30