Proteína
Há em cada noite um corvo que morre
comigo
Enquanto que com o bico esfarripa
Todo o meu ventre em torno do umbigo
E deglute de modo prazeroso a minha
tripa
E em cada noite que passa ele sacia
A fome voraz do meu ventre-proteína
E seguidamente morre indigesto quando o
dia
Avança abrupto e corrompe a cortina
E em cada amanhecer choro e lamento
Por alimentar demais o pobre corvo
E até ao cair da noite me atormento
E nessa densa noite me absorvo.
Bruno Torrão
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Durante o mês de Junho vou apresentando alguns poemas presentes no livro Viajantes e, sempre que possível, apresentando algumas novidades que possam vir a surgir sobre o mesmo! Fiquem atentos, pois ainda podemos via a ter um Natal antecipado!
Não esqueçam, ainda, que o livro encontra-se em venda, na segunda edição (aumentada) através do site da editora Livros de Ontem! Basta clicar no link! ;)
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