Se as batalhas que cesso em profundo silêncio letal
Nem mais tarde as confesso por maior confiança
Ainda que a quem confio nem por crença brutal
Das palavras que desfio mantenho na esperança
De que as guardando junto àquele nada crescente no peito
Ficará arrumado o assunto de quem já não é criança
Que por pensar em demasia não pensa sequer direito
E quando age se desfia num chão que por si balança
São as guerras ainda presas a um corpo que de si corre
Numa fuga saem ilesas noutro encontro já são cobrança
Não se entende a lei do jogo de quem vive quem morre
E assim mesmo abrimos fogo a quem nos presta confiança
E se funda a guerra abrupta de tiros cravados na pele
Cada tiro a cada um enluta e nos mantém na perseverança
De que não há maior sofrimento que sentir em nós o cordel
Pulsar na garganta o batimento por se agendar tudo à vingança.
Bruno Torrão
sábado, 3 de março de 2018
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