O seguinte texto não é recomendado à leitura a menores de 18 anos. Pode conter vocabulário susceptível de ferir a sensibilidade de alguns visitantes e leitores.
O blog e o autor abstêm-se de quaisquer incursões a denúncia por inexistência de qualquer advertência.
Precisamente
Que se criem em nosso torno, paixão,
Áureas de energia de luxúria e tesão,
Em circunferências concêntricas à nossa volta,
Onde seremos depois, ambos, então,
Como resultado da quebra do colchão
Enviados para Guantánamo sob escolta.
Transpiremos, fulgurosos amantes,
Encharquemos o chão de suores quentes
Por nós soltos quase envergonhados.
Crêem-se entre eles descrentes
Que se crie entre dois corpos quentes
Tanto despudor entre dois apaixonados.
Usemos a cama, abusemos do chão,
Não recorremos a mais sítios, senão
A vizinhança morre de choque,
Taquicardíacos, de hipertensão!
Essa barba enlouquece-me, cabrão,
Fode-me até os lábios a cada toque,
Mas que se foda! Até isso eu desejo!
E enquanto de ti não vejo
O que por trás da braguilha proteges
Não descanso, não paro nem bocejo…
Apenas passo o tempo e a tua pele a cada beijo,
Caminhando com ânsia enquanto me reges
Cada toque, cada movimento que te extasia!
Sei bem como a tua pele se arrepia
E quando cada gemido tentas não soltar.
“Ah, meu cabrão!” – até isso te saía
Por entre os lábios que suavemente te mordia
Na tentação de te sentir ejacular.
Sem vergonha alguma nos mantemos
Por entre lençóis, dos quais nos esquecemos
Até para o que é que servem, realmente!
Já bastou a serventia aos nossos corpos que comemos!
Comemos? Nunca gostámos da expressão… Fodemos,
Pois foi isso mesmo que fizemos, precisamente!
Bruno Torrão
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