Sou como as árvores. Altas. Esguias.
Tocam céus, chegam fundo. São como eu,
Tão grandes são as árvores. Como eu.
Tão só como eu. Tão altas e frias.
Estão nuas no Inverno. Estão frias!
Enchem-se de cor no Verão. Como eu,
Todo o ano choro, folhas, que me deu
O Verão. Folhas. Cor e alegrias.
E choro no Outono as folhas mortas.
E no chão, então mortas, elas caem,
Como pesadas que fossem, leves são
Estas folhas que ganhei pelo Verão.
São minhas lágrimas que agora o cobrem.
Chão dos passos da vida que agora fogem.
Bruno Torrão
29 Jan.'05
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
sábado, 8 de agosto de 2009
Poema CXXVIII - Enjoado
Mata-me aos poucos, a rotina.
A sabedoria triste da vida cronometrada.
Vida seguida, sabida e farta. Enjoada!
Segue-se a estrada em que cada esquina
Se assemelha a outras tantas.
Estranho é, podera, quem as fez,
Por certo envolvido em mantas,
Decadência, insanidade e embriaguez.
Ruas tortas onde me assombro tanto.
Ruas estranhas onde me resguardo
E tão, estupidamente, o meu pranto
Afogo, mato... E deixo enterrado.
Bruno Torrão
28 Jan.’05
A sabedoria triste da vida cronometrada.
Vida seguida, sabida e farta. Enjoada!
Segue-se a estrada em que cada esquina
Se assemelha a outras tantas.
Estranho é, podera, quem as fez,
Por certo envolvido em mantas,
Decadência, insanidade e embriaguez.
Ruas tortas onde me assombro tanto.
Ruas estranhas onde me resguardo
E tão, estupidamente, o meu pranto
Afogo, mato... E deixo enterrado.
Bruno Torrão
28 Jan.’05
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