Mata-me aos poucos, a rotina.
A sabedoria triste da vida cronometrada.
Vida seguida, sabida e farta. Enjoada!
Segue-se a estrada em que cada esquina
Se assemelha a outras tantas.
Estranho é, podera, quem as fez,
Por certo envolvido em mantas,
Decadência, insanidade e embriaguez.
Ruas tortas onde me assombro tanto.
Ruas estranhas onde me resguardo
E tão, estupidamente, o meu pranto
Afogo, mato... E deixo enterrado.
Bruno Torrão
28 Jan.’05
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