Sou como as árvores. Altas. Esguias.
Tocam céus, chegam fundo. São como eu,
Tão grandes são as árvores. Como eu.
Tão só como eu. Tão altas e frias.
Estão nuas no Inverno. Estão frias!
Enchem-se de cor no Verão. Como eu,
Todo o ano choro, folhas, que me deu
O Verão. Folhas. Cor e alegrias.
E choro no Outono as folhas mortas.
E no chão, então mortas, elas caem,
Como pesadas que fossem, leves são
Estas folhas que ganhei pelo Verão.
São minhas lágrimas que agora o cobrem.
Chão dos passos da vida que agora fogem.
Bruno Torrão
29 Jan.'05
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