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Este blog nunca se irá encontrar escrito ao abrigo do (des)Acordo Ortográfico de 1990!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Poema CXXXII - Velozes

Farto-me de fumar. Estou estranho...
Nunca vi, de tão grande tamanho,
Pensamentos correrem dentro de mim.
Parece-me uma auto-estrada sem ter fim,
Por onde carros alcançam tamanha velocidade.

Não lhes intercepto o caminho. São velozes!
Tenho medo? Não sei... parecem soltar vozes
Que encalham o meu agir. A solução...
Não percebo qual a meta! Para onde vão?
Tão rápidos, porquê? Qual a ansiedade?

Parecem-me ter perdido a simplicidade
Numa qualquer curva de má visibilidade.
Não parecem sequer ter qualquer destino...
Mas correm para algum lugar que não defino
Nos meus estranhos sentidos de percepção!

Correm como loucos! E não param, nem abrandam!
Tomara que algo os fizesse parar onde andam,
Para os poder observar. Para lhes poder perguntar;
“Porque existem em mim? Porquê tanto desgastar?
Saberão, talvez, que me gastam também! Ou não?”

Mas não param! Não abrandam. Só seguem
Em tais correrias que, suponho, não entendem
Também eles, a causa. Mas esgotam-me o pensamento!
Nada concluo. A destino nenhum chego, em padecimento,
Por nenhuma resposta obter. Só peço, agora, então...

Parem... Parem de correr!

Bruno Torrão
07 Fev.’05



Quando na cabeça as questões parecem ganhar tamanhos assustadores enquanto circulam pelas nossas auto-estradas cognitivas sem lei de velocidade... Sai isto. Saíu isto.

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