Querias seguir-me p’las margens dum rio
No qual nossos corpos eu consumo
Querias e quero manter-me por um fio
de prumo
E seguimos cansados e mais percorridos
Nos nossos caminhos que dispersam
Pedindo às forças de universos perdidos
Que o teçam!
Agora já sabes o quanto é duro
Correr por estradas sem sentido
Agora já sabes que o medo do escuro
é sabido!
E agora já sabes o quanto eu luto
Nas teias das malhas que não teço
Agora sabes que o que dá fruto
não meço!
E assim nós ficámos à beira do mundo
E assim nós ficamos sem saída
Que a porta de entrada
Que deixámos no fundo
foi perdida!
Que a porta que abrimos
foi esquecida!
Bruno Torrão
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Poema CCXIII - Porta de entrada
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1 comentário:
QUANTAS VEZES A PORTA QUE PRECISAMOS SE ABRA É A QUE SE FECHA? FICAMOS TENTANDO ,UMAS VEZES DESISTIMOS ,OUTRAS INSISTIMOS, QUE MAIS PODEMOS NÓS FAZER? JINHOS
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