Rolam maçãs em fogo colina abaixo
Em reboliço fulgurante e d’aroma a caramelo
Pega cada uma num quente facho
E ardem-se entre todas pelo cabelo
Queimam campos e quintas e palhais
E secam as águas de cada poço ou fonte
E violam mulheres e homens e animais
E deixam tudo negro pelo horizonte
E rolam as maçãs colina acima
Repondo em chamas o que ainda arde
Numa festa de dióxido que as anima
Enquanto cai na terra morta a tarde!
Bruno Torrão
quinta-feira, 8 de março de 2012
Poema CCXV - A revolta das maçãs
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