Há em cada noite um corvo que morre comigo
Enquanto que com o bico esfarripa
Todo o meu ventre em torno do umbigo
E deglute de modo prazeroso a minha tripa
E em cada noite que passa ele sacia
A fome voraz do meu ventre-proteína
E seguidamente morre indigesto quando o dia
Avança abrupto e corrompe a cortina
E em cada amanhecer choro e lamento
Por alimentar demais o pobre corvo
E até ao cair da noite me atormento
E nessa densa noite me absorvo.
Bruno Torrão
08 Mar. 11
sábado, 28 de julho de 2012
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