Já pensou vez alguma, alguém,
Quantos amores ficou por dever?
As palavras jamais ditas por quem
Amor sentido julgou crescer
Num peito que se coseu, iludido,
Que de outra parte houvesse, também,
Quem de amores andasse perdido
Sem coragem de o atirar para além
Para o lado que do corpo fica de fora?
Quantos “amo-te” não proferidos
Por não haver sentido na hora
A força catapultar-lhe os sentidos?
E das oportunidades perdidas,
Por amor descabido?
E as ideias pobremente construídas
De que o amor era proibido?
E se fosse o amor que sentimos
Como qualquer outro sentimento
Explicável, como quando rimos
Pela felicidade do momento?
Haveria menos ódios e enganos?
Na premissa da perdição deixo
A quem tiver coragem por estes anos
Estas questões a que me queixo.
Bruno Torrão
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