Ai Alentejo, como te odeio!
Os teus cheiros, sabores,
A tua terra feita de dores
De secas intensas,
De aridez, e imensas!
Ai Alentejo, como te odeio!
Essa tua calma de enfrentares a vida,
Transparece tua tristeza sentida
Pela pobreza que não te esquece.
E que não desaparece!
Apenas o teu anoitecer
Tem a força de esconder com oliveiras
O fogo que de dia queima noites de lareiras.
E só isso me faz arrepender
P’lo ódio que te tenho e que não canso de o dizer.
Bruno Torrão
00/07/04
Ainda há uns dias comentei com certas pessoas a existência deste poema, e do quanto eu admito o meu pouco-gosto (ou quase nenhum) pelo Alentejo. Certo é, no entanto, que este foi escrito antes de eu ter conhecido tanto o Alentejo Litoral (donde tenho grande admiração por Porto Côvo, Vila N. Milfontes, São Torpes, etc.) e do Nordeste Alentejano (Vila Viçosa, Elvas, Borba, etc.).
No entento, continuo a ter esse mesmo (des)gosto pelo Alentejo da zona de Beja/Serpa...
Peço desculpa, ainda, a quem segue o blog, por ter falhado estes dois últimos dias, mas o cansaço laboral tem vencido!...
quarta-feira, 4 de junho de 2008
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