Em Coimbra
Os dias passam vagarosos...
As noites parecem intermináveis...
Os pensamentos tornam-se repetitivos,
As lembranças insuportáveis.
O cigarro queima-se por si...
A minha visão cola-se algures...
Suspiros seguidos e incontroláveis,
Despertam-me a alma, e a minha memória.
A chuva cai forte no telheiro de zinco,
Acorda a vizinhança no terceiro sono.
O coração palpita bem forte
E desperta a saudade que sinto de ti.
A cabeça batuca repentinamente.
Os olhos enxaguam-se de salgadas lágrimas.
O grito não sai. Só choro em silêncio.
Deito-me no escuro do quarto em que durmo.
Dou voltas na cama.
Mordo o lençol.
Encharco a fronha...
E choro... choro.
Bruno Torrão
02 Out. '03
Um bom ano para quem anda por aí, a ler isto. Eu, vou passar o ano a trabalhar. Pode ser que as coisas mudem finalmente.
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