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Este blog nunca se irá encontrar escrito ao abrigo do (des)Acordo Ortográfico de 1990!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Poema CXXXI - Àqueles (o grito da liberdade!)

Gente estranha... Tanta gente!
Gente cinzenta num mundo de loucos,
São eles tantos ou tão poucos,
Os que sentem o sentir que a gente sente!

Tristeza guardada em coração dormente!
Têm conversas escondidas do mundo...
São desvairados. Também pensam fundo,
E sentem o sentir que a gente sente!

E é essa gente de tão acanhada mente,
Que nos ignora com tamanho desdém,
Que sabem que sentimos nós também,
E sentem o sentir que a gente sente!

Mas eles insistem em me tomar por diferente,
Porque amo o semelhante, e eles não!
No amor deles não comanda só o coração,
Mas sentem o sentir que a gente sente!

Por isso eu assumo à estranha gente,
Que sei ser como sou, e não como querem!
Que não é por me repudiarem que me ferem,
Aqueles que sentem o sentir que a gente sente!

Bruno Torrão
06 Fev.’05




Este foi, sem dúvida, um dos meus mais bem aclamados poemas até à época em que foi escrito. O simples rasgar de raiva que tentei demonstrar - muito calmamente como é tão próprio do meu ser! - fez-me enaltecer perante aclamadas palavras vindas de muita gente!
Perdi a vergonha de me assumir e de esconder aquilo que realmente me faz sentir bem e ser (a maioria das vezes) feliz. Assumi que sei amar quem realmente amo, e não preciso que seja institucional ou que esteja na Constituição a dizer que o posso fazer.

Amo porque amo.
Gosto porque gosto!
... E se não posso mandar nos sentimentos dos outros, por favor, livrem-se de mandar nos meus!

2 comentários:

Anónimo disse...

Sabes quem sou ou plo menos deves deduzir..mas quando leres que me arrepiei ao ler isto saberás quem sou!!
Sabes a minha opinião, acho que o deves fazer e se decidires fazer...eu tenho como te ajudar!

Vale a pena pensar nisso (muito aserio)

jorgeferrorosa disse...

Gosto muito do que escreves. Abraço