Rabisco uma linha por toda a pele
Pulsada em força e de traço grosso
Como se escrevesse as dores em papel
E as apertasse pujantes ao pescoço.
Cresce-me a falta de ar e agonizo
Os gritos de sofrimento e ansiedade.
A pele já sangra o chão que piso
E beijo em desprezo. Já sem vontade...
Desfio agora a linha que desenhei
Com mais força com que as traço.
Julguei-me fraco e já mal notei
Se era meu ou da morte o abraço
Que me apertava contra o chão.
Deixei-me descansar naquele lugar
Enquanto o tempo vagava a solidão
Que eu próprio quis desenhar.
Bruno Torrão
15 Mai. 07
domingo, 20 de março de 2011
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