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terça-feira, 1 de março de 2011

Poema CXCVI - Narcisismo

Sirvo ao mundo como estou.
Pleno duma supra-raiva interior
Onde rasgo a carne e sou
Canibal do meu próprio amor.

Onde me consumo a cada segundo
Em compulsivos desejos carnais.
Onde afogo em sangue profundo
Que oxigeno nas veias arteriais

A paixão de um ser narciso
- Se morrer por mim, aprovo! -
Por saber que de ti já não preciso
Para suportar um mundo novo

Sem a tua presença – inconstante!
Prefiro até que me apeles à lembrança
Como tens feito em cada instante
Na minha memória que já cansa

Em te ter em constante murmurinho.
Toca-me agora, somente, se te peço
Para que me sinta só e, sozinho,
Me embrenhe na solidão que teço.

Bruno Torrão
01 Mai. 07

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