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Este blog nunca se irá encontrar escrito ao abrigo do (des)Acordo Ortográfico de 1990!

sexta-feira, 2 de março de 2007

Poema XXXIV - Quero escrever (para falar)

Hoje não há luar.
Que bom, que alegria!
Já tenho algo para me inspirar
E me dedicar à poesia.
Alegre ou sombria...

Mas não vejo como desenvolver
A ideia de melancolia.
Melhor era se estivesse a chover
Para exaltar a fantasia
Que em mim vive todo o dia.

Quero escrever sem parar,
E escrever como um desvairado.
E a escrever quero voltar,
Para não ficar angustiado,
Porque o não escrever me põe mais calado,

E isso eu não quero.
Quero ser das palavras imperador.
Sim! Ser como Homero
Que dava às palavras sentido de amor,
Pois não me basta falar de dor.

Quero falar de algo platónico,
Alegre ou real.
Só não quero ficar afónico.
Falar sobre este, aquela e o tal,
Sobre a dor ou até do irreal!

Bruno Torrão
99/11/28



É verdade, agora só quase actualizo isto de semana a semana. Felizmente!
O trabalho ocupa-me bastante bem o tempo e a cabeça. A vida para lá do emprego também! :)

1 comentário:

Bruno Moutinho disse...

Esse desejo da escrita. Escrever como quem fala de tudo ou de coisa nenhuma e não querer parar, nunca.
Como compreendo...
Gostei muito do poema e vi um pouco de mim nele.