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Este blog nunca se irá encontrar escrito ao abrigo do (des)Acordo Ortográfico de 1990!

domingo, 26 de julho de 2009

Poema CXXV - É estranho (que estranho)

É estranho que me adore
Quem eu nunca soube adorar.
É estranho que me ame
Quem eu nunca soube amar.

É estranho que me odeie
Quem eu nunca soube odiar.
É estranho que admire
O que não soube antes admirar.

É estranho que morra
Sem nunca antes ter vivido.
É estranho que viva
Sem nunca antes ter sofrido.

É estranho que sofra
Sem que tenha antes me arrependido.
É estranho que me arrependa
Sem que tenha antes aprendido.

É estranho que agora sorria
A quem nunca me tenha sorrido.
É estranho agora sofrer
Por quem nunca tenha sofrido.

É estranho que tudo me estranhe
E tudo o que estranho já vivi.
É estranho que tudo estranhe
Sem nunca estranhar o que vivi.

Bruno Torrão
13 Jan.’05



Estranho acredito que andava eu, nesta altura... Não me pareceque andasse bem das ideias. Agora que revejo estes últimos poemas, não gosto nada do que leio neles... :\

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