Que papel é este que trago,
Em pedaços tão grandes e pequenos,
Incertos de doce e amargo?
Tão doentes e de saúde plenos...
Que estranho rasgo de solidão...
Rasgo a solidão, tão estranhamente,
Não se dispersa jamais. Não!
Permanece em minha mão demente
Como se, no verso, tivesse cola.
Vazia está minha mão. Vazia...
Repleta de papel em forma de bola.
Mando-a fora. Não se desvia.
Porque não me largas, terror,
Monstro do meu medo inconsciente?
Larga-me como me largou o amor,
Que em todos estes dias está ausente.
Bruno Torrão
26 Dez.'04
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário