Crescendo de Fuga e Termo
Estranhámos os corpos que vimos
À primeira vista, mal armada talvez,
Corremos em fuga, nadámos nos limos,
Fizemos da fuga o que ninguém fez!
Um caminho sem rumo e sem passado,
Possivelmente só de olho num sítio seguro,
E em busca do mesmo, de coração guardado
Entre os nossos braços fortes em forma de muro,
Deixámos que o mundo nos gastasse o que nos envolvia
E que nem sequer nós saberíamos como vez alguma proteger.
E assim, decidimos entre surdos murmúrios que de ti ainda
ouvia,
Rasgar-te a pele, desfiar-te a carne, lascar-te os ossos e
saber-te morrer.
Bruno Torrão
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