Madrugada
Estivo nas costas o peso do dia
Como quem deseja o seu termo...
Árduo desfalecer da folia
Que transpira o amor, enfermo,
Na madrugada só d’a gente.
Sei que guardas no sentir,
Como que corpo morto e ausente,
O pesar amargo do travo florir
Das azedas que brilham pr’à gente
Sob o sol (desgosto) do meio-dia!
Guarda tu a nossa madrugada
Antes que ela se faça dia!
Eu mantenho-a em mim guardada
Como a eterna melodia
Que fizemos vingar entre nós!
Bruno Torrão
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