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Este blog nunca se irá encontrar escrito ao abrigo do (des)Acordo Ortográfico de 1990!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Poema CVIII - Sem corpo

Estou farto de ser quem sou!
Farto de quem me rodeia e ilude...
Farto da vida. Se é vida quem apelidou,
Morto está... É fóssil ou já crude.

Cruel vida que se afasta
Da morte certa e infeliz.
Como se fosse a má madrasta
Castigando a princesa petiz.

Estou farto de ser quem fui!
Alguém que viu sombras numa gruta
Imaginando um mundo ideal,
Quando lá fora a vida é puta!

É a morte certa que se aproxima!
É a decadência que tarda a partir...
E vou estando... simplesmente lamentando,
“Morte que não chegas, faz-me sorrir!”.

Bruno Torrão
30 Ago.’04

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