Sou a água e o fogo num só.
Sou o céu e a terra em união.
Sou metade de tudo, e o seu composto,
Uso a honestidade e a presunção,
A fraqueza e a grandiosidade.
O princípio e a extremidade.
Tudo o que descrevo é o certo
E jamais o seu oposto.
Tu, eloquência, que tanto me elevas,
Tão bem me rebaixas, até às trevas,
Escuro mundo onde não habito.
Fujo com medo. Choro. Grito!
Parto para lugar incerto.
Não sou eu. Eu não existo!
A perfeição lançou-me fora daqui...
Longe do mundo que mal descobri.
Bruno Torrão
27 Nov.'04
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