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Este blog nunca se irá encontrar escrito ao abrigo do (des)Acordo Ortográfico de 1990!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Poema CXVI - Decresce-me

Quinze, catorze, treze
E as horas não param
Quem as guarda não deteve
E deixa-as assim, a cavalgar...

Doze, onze, dez, nove...
Os dias avançam sem atrito.
O calendário não se dissolve
Nem um pouco, nem um pouquito...

Oito, sete, seis, cinco, quatro
Os meses parecem corredores
Sem porta alguma, sem luz. Estou farto!
Os anos não retomam. Não voltam.

Três, dois, um, zero. ZERO. zero...
A vida foge de mim...
Eu não corro, mas quero...
Quero uma hora que seja, enfim.

Bruno Torrão
01 Dez.'04



Mais algumas mudanças no meu modus scribendum e, uma vez mais, um poema com o qual nada me identifico! De facto a tentativa de fuga ao meu estilo habitual não tem sido muito frutífera.
O facto é, no entanto, que a tentativa de fuga à malograda rotina se manteve nesta minha compilação e, quiçá até, durante muito mais tempo para lá desse!
Quem sabe, até, não seja o facto de ter uma vida rotineira que me dá a verdadeira inspiração?

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