Nunca te tive
Mas já te sinto perdido.
Cada espelho que olho
Vejo o mundo partido.
Viajo na loucura
Onde não tenho retorno.
Vou chorando a vida
Emerso em transtorno.
Provoco a amargura
Ao te trazer na lembrança.
Recordo o teu sorriso
Para não perder a esperança.
Ocupo a minha cama
Como um corpo já morto.
Revejo-me num barco
Procurando o teu porto
Que já perdeu o Norte,
Tão perto do farol.
Procuro-te na noite,
Em vão, porque és Sol.
Um Sol que tanto brilha
Num outro lado do Mundo.
Por mais que a Terra gire
E rode num só segundo,
A tua latitude
Não coincide com a minha.
E a nossa longitude,
Essa, será sempre sozinha.
Bruno Torrão
23 Maio 05
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1 comentário:
fico pensando...como é lindo manejar as letras,todas postas nos lugares certos...bem encostadinhas umas as outras,com sabedoria bem alinhadinhas,até podem fazer palavras soltas.E eu ke não canço de as apreciar!!!tão bonitas são,et tanto dizem no seu falar!n ão percas nunca esse condão de tão bem as saberes alinhar.
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