Roí a minha última unha
Onde punha
Todo o verniz do frasco.
Deu fiasco.
Rasguei a minha última camisa,
Tão precisa,
Que engomava com precisão
A cada serão.
Do jardim colhi a última rosa
Em prosa.
A mesma que a mim prometia
Arrancar em poesia.
Sequei a última gota dos canos
Que, em anos,
Guardei religiosamente da vida.
E em seguida:
Gastei todo o amor por ti
Que restava ainda no meu ser.
Perder? Não! Não te perdi...
Preferi, por tudo, te esquecer.
Bruno Torrão
02 Mar. 07
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
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