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Este blog nunca se irá encontrar escrito ao abrigo do (des)Acordo Ortográfico de 1990!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Poema CLXXXVII - Vago

Ainda agora se amanhece e o mundo,
Qu’inda agora parece tão parado,
Professa no meu corpo tão desalmado
A ideia mundana de que me afundo

Em cada minuto, em cada segundo,
Na estúpida razão da tua saudade.
E tanto me custa crer nesta verdade
Que me escapo de mim; e sou vagabundo.

Vagueia o pensamento que m’hostiliza
Como em corpo sem fronteira navegasse.
Vagueio triste e livre, sem porta ou chave,

E neste meu vago corpo que desliza
Desisto de tudo como se chegasse...
E o mundo desfalece tão suave...

Bruno Torrão
14 Jan. 07



Iniciemos, então, Fevereiro! Iniciemos, igualmente, a minha sétima compilação de poemas!
Se todos os outros livros tiveram alguma razão de ter este ou aquele nome, este que agora vos irei dar a conhecer, é exactamente o filho renegado. De tal forma que, quando decidi que aqui iniciaria um novo separador na minha obra, apenas surgiu o nome do poema que abre o livro, este que aqui vos escarrapacho! Vago! Livro vago!
Se, à excepção do Livro da Palma, todos haviam sido intitulados após a escolha do primeiro e último poema a figurar nos mesmos - e embora a criação do Livro da Palma possua a sua própria história - este novo capítulo nada tem a haver com nada. E talvez até por isso seja nada mais do que o próprio nome, inconscientemente atribuído, o queira denominar pelo seu ser. Vago.

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