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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Poema CXCIV - Morada

As coisas mudam de sentido
Nas ideias que o pensamento cruza.
Sinto o mundo quase perdido
Numa rotação quase confusa.

E no rodar do calendário,
Dia-a-dia, por semana,
Rasuro o meu itinerário
Duma folha donde emana

A confusão dos meus versos
E o riscar das palavras inúteis.
Vivo em mundos submersos
De sub mundos supra fúteis

Que se reflectem no meu espaço,
- Embora os queira detonar -
Mas suporto em cada braço
Quilos de algemas p’ra não lutar...

As palavras não me saem num grito
Enquanto as escrevo na minha pele
“A fraca existência que vomito
Sabe-me a tudo e mais a fel!”

Onde se esconde o mundo
Que de mim já não quer nada?
Tudo à volta é poço onde me afundo...
Quem me dá do mundo a morada?

Bruno Torrão
25 Abr. 07

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