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segunda-feira, 26 de maio de 2008

Poema LI - Solidão, minha vizinha

Tenho a Solidão como vizinha,
Que vem de vez em quando
Tocar-me à campainha.
"Não fiques tão só."
- Vem-me ela avisando -
"Tal solidão mete-me dó!"

Abro-lhe a porta, chorando,
E lhe peço que se vá.
"Tão triste que eu ando
Ai o amor! A quanto ele obriga!
Coisa mais triste não há,
Solidão, minha amiga!"

Ela entra sem permissão!
E abraça-me e me escuta.
E solta o meu coração
E diz, durante um abraço,
"Ah! Solidão, filha da puta!"
E choro então no seu regaço!

E nesse dia mil lágrimas soltei,
Lancei dos meus olhos, com suavidade.
E a ela mesma eu avisei,
"Não te culpes pela briga
Que tenho com a Felicidade.
Vai-te agora, Solidão, minha amiga."

Bruno Torrão
00/05/19

1 comentário:

Ricardo Reis disse...

então e mandaste assim a solidão embora de barriga vazia?!

a solidão é amiga, mas tu só te queres queres contigo =P