Temo o avanço inverso do meu ser
O regresso ao obscuro passado choroso
Onde a luz faltava como o escurecer
Forçado pelo escorrer tempo rugoso
Diferente de hoje, e amanhã, tenebroso...
Desfolhado livro de beleza a desfalecer.
E à noite desprendo a alma apertada
Entre o peito e costas a sufocar...
Solto as pétalas negras da rosa encarnada,
Ainda cheirosa a veneno, duro de matar!
E à noite desloco o corpo ao nada
Entre o vazio que me ocupa o ser...
Solto gemidos dolorosos de fachada...
Todo o resto é pior. Faço esconder!
Por não querer ser fraqueza em ti
E a quem me vê por fora...
Sou confusão no sangue que corre aqui
Nas veias solúveis cor de amora.
Mas à tua vista, amor de outrora,
Sou a força da água que tudo afoga!
Bruno Torrão
29 Jun. 06
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
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