Ó tu, que guardas segredos
Partilhados com a Lua
Com as estrelas, com a rua,
Trevas cheias de medo.
Ó tu, assim na escuridão
Com tristeza para dar,
Com ninguém para amar,
Sem vida, sem coração!
E eu, de ti tenho pena
Ao ver-te assim perdida
Dei-te a minha vida
Pois tu és pequena.
Afinal que queres tu?
Ser sol e raiar de alegria,
Ou ser lua em pleno dia?
Que queres tu?
Bruno Torrão
Partilhados com a Lua
Com as estrelas, com a rua,
Trevas cheias de medo.
Ó tu, assim na escuridão
Com tristeza para dar,
Com ninguém para amar,
Sem vida, sem coração!
E eu, de ti tenho pena
Ao ver-te assim perdida
Dei-te a minha vida
Pois tu és pequena.
Afinal que queres tu?
Ser sol e raiar de alegria,
Ou ser lua em pleno dia?
Que queres tu?
Bruno Torrão
Das composições poéticas primordiais que tenho, esta é a última sem data, porém sei, no entanto, recorrendo à memória que referi no post Poema II - Morte, que foram ambos escritos na mesma noite.
Tanto um como o outro são capazes de dar um "arzinho" de Florbela Espanca. E é normal que assim seja! Desde muito cedo (refiro-me aos meus 11/12 anos) que me apaixonei com todas as letras por esta mulher. E é, sem dúvida, a minha mais duradoura paixão fora do meu elo familiar... E assim pretendo que continue a ser. Por algum motivo a considero como uma tágide quando me sinto Camões!
Sem comentários:
Enviar um comentário