O meu grito é mudo...
Mas eu grito.
Não derrubo o Mundo,
Mas ouve-se o meu grito.
O meu grito é frio...
Frio de gelar.
Grito na nascente do rio
Para se ouvir em alto mar.
O meu grito é barulhento...
Fácil de se notar.
Mas é levado pelo vento
Para ninguém me ajudar.
O meu grito é abafado,
Para se sentir o seu calor.
Mas quem está agasalhado
Não sente o meu furor.
Paro então de gritar
Pois agora já estou louco.
Ninguém me ouve chamar,
Mas vêm chegando de pouco a pouco.
Bruno Torrão
99/11/14
Mas eu grito.
Não derrubo o Mundo,
Mas ouve-se o meu grito.
O meu grito é frio...
Frio de gelar.
Grito na nascente do rio
Para se ouvir em alto mar.
O meu grito é barulhento...
Fácil de se notar.
Mas é levado pelo vento
Para ninguém me ajudar.
O meu grito é abafado,
Para se sentir o seu calor.
Mas quem está agasalhado
Não sente o meu furor.
Paro então de gritar
Pois agora já estou louco.
Ninguém me ouve chamar,
Mas vêm chegando de pouco a pouco.
Bruno Torrão
99/11/14
Este é o poema que inicia o meu segundo livro não publicado, Letrodependência.
A mudança do Expiração para este é extremamente ténue, até porque a minha temática, ainda hoje, dez anos passados desde o Adeus, não tem oscilado muito. Sou eu... intrissecamente eu! Embora um pouco maduro, moldado ou diferente.