Teorema para o tempo
Se de mim e por mim nada sou senão presente
Se de mim e por mim nada sou senão presente
Como corpo, que estático, pensa frente ao agora,
Serei eu, em mim, o passado que influente
Deste corpo que pensa o que no futuro apavora,
Quem sou eu, se no presente é que nada passa
- Dum ínfimo segundo que já nem presente existe -
Se sou saudade e ânsia que uso em carapaça?
Sou um bicho feio que do nada se insiste!
Manias dos outros quererem dar-me suas visões
Que do passado só se reza a memória mais seus pregões
E do futuro jamais se sabe se haverá tamanha glória
E que só do presente se devem cingir opiniões
Para que nelas a vida valha mais que as acções
Se não dou conta àquilo que advém da vossa história.
Bruno Torrão
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