Senhora do Monte (abraço)
Trago no sangue este sal do mar que não é mar.
Trago na voz este poema de saudade sem ter saudades.
Se me sento nesta colina e vejo o mar não-mar
Jamais me sinto em mim entre as verdades.
Se me sento ao abandono neste imponente morro
Não morro sem olhar ao longe a margem da outra margem
Se me não fico, não fixo, fujo e corro
Na senhora do monte inicio e findo-me na viagem.
Aqui me vejo por dentro e me abraço
Abandonado entre o céu e solo luminoso
Terminando o caminho por entre o cansaço
Da longa andança que fiz pra ter repouso.
Bruno Torrão
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