Pomar
Deixámos que nos envelhecesse na pele
A carícia de outras peles perdidas,
Que do tempo ou da memória se repele
E teimamos em manter esquecida
Mesmo a saber que a mesma se finca,
Em marcas no corpo ou na singular
atitude,
Nas palavras que proferimos quando se
brinca
Com o intuito de esquecer ou que se
mude
A forma de olharmos diferente um lugar,
De ouvir de outra maneira uma canção
Ou até de saborear cada maçã dum
pomar
Que forçamos a podar no nosso coração.
Bruno Torrão
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