Os gomos que somos
Rasgos dos corpos que deixámos caídos
Sobre os confins ínfimos das calçadas
Pendidas nas horas nocturnas, caladas,
Despertam agora em gritos e gemidos.
Não soubemos prender o tempo calado.
Vincámo-nos no silêncio perdido nos olhos
E com ele o descrer crescido nos olhos...
Que também não o víamos já criado!
E assim se apoderou ele do que fomos…
Eu. Tu. Nós. Todos os segundos ao redor
Daquilo que quisemos deixar em maior
Para nos lembrar-mos em quantos gomos
Nos deixámos, afinal, separar.
Bruno Torrão
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